terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Tropicalismo


O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.
Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas
de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências,
o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar
a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica.
Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia
e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.
Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referências de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País – uma conjunção
do Brasil arcaico e suas tradições, do Brasil moderno
e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista,
com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram
o repertório de nossa música popular, instaurando
em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.

Sincrético e inovador, aberto e incorporador,
o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero,
mais baião. Sua atuação quebrou as rígidas barreiras que permaneciam no País.
Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares
ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

REVISTA EM QUADRINHOS


Já Ziraldo criou, em 1960, a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor: a Turma do Pererê. Os personagens dessa revista eram um pequeno índio e vários animais que compõem o universo folclórico brasileiro, tais como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja. A Turma do Pererê marcou época na história dos quadrinhos no Brasil e está sendo reeditada pela editora Nova Didática.

Bipartidarismo


O Brasil teve um período bipartidarista durante 12 anos, entre 1966 e 1979, quando havia apenas a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Oficialmente, o Ato Institucional Número Dois (AI-2), decretado em 1965, permitia a fundação de outros partidos políticos, mas criava pré-requisitos (como a exigência de 20 senadores e 120 deputados federais para se fundar um novo partido), o que na prática impedia a existência de mais do que duas agremiações.
Assim, em 1966 os partidos extintos no ano anterior (UDN, PSD, PTB, PSB, PSP, entre outros) foram obrigados a se reorganizar em dois grupos: um alinhado com o regime militar (a ARENA) e outro na oposição consentida (o MDB). Como os políticos mais à esquerda e nacionalistas haviam sido cassados com os decretos do AI-1 e AI-2, logo após o golpe, sobraram apenas os considerados mais "dóceis" aos olhos do regime. Os políticos conservadores (a maioria da UDN, mas também alguns do PSD) formaram a ARENA, enquanto os de centro-esquerda e liberal-democratas se juntaram ao MDB.
As eleições sob o bipartidarismo foram rigorosamente controladas, para dificultar a vitória da oposição e garantir a maioria absoluta da ARENA no Senado e na Câmara dos Deputados. Em 1966, a ARENA elegeu 19 dos 22 governadores elegíveis (além de quatro nomeados diretamente pelo presidente da República). O controle se ampliou a partir de 1970, quando o regime, com receio de sofrer uma derrota eleitoral e perder a maioria no Congresso Nacional, criou a figura do "senador biônico" (nomeado pelo governo, sem a realização de eleições).

terça-feira, 21 de setembro de 2010

20 de junho de 1966 — A Fifa e a Copa Jules Rimet


A Copa do Mundo de Futebol foi criada em 1928 pelo francês Jules Rimet, que deu nome ao troféu, depois que este assumiu o comando da Federation International Football Association (Fifa).

A ideia de realizar um torneio mundial de futebol surgiu em 1898, quando as partidas internacionais eram frequentes na Europa. Segundo o artigo publicado no Jornal do Brasil por Moacir Japiassu, a correspondência trocada pelos dirigentes de clubes para fixar datas e locais de jogos serviu de entendimento inicial para o surgimento anos mais tarde da Copa Jules Rimet.

O primeiro regulamento foi aprovado em 1905, um ano depois da criação da Fifa. No entanto ainda não era um campeonato entre seleções nacionais, mas sim um torneio entre clube campeões. Nessa época muitos países já haviam se filiado à Federação. As sete associações fundadoras foram a Espanha, França, Suíça, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Suécia. Áustria, Alemanha, Itália, Inglaterra e Hungria uniram-se àquele grupo antes da realização do congresso, em Paris, que aprovou a fundação da federação.

13 de fevereiro de 1967 - Cruzeiro Novo começa a circular


O retorno das operações bancárias um dia depois do lançamento do cruzeiro novo foi confuso. As retiradas de dinheiro, e as trocas de moedas estrangeiras provocaram grande movimento nas agências. Os clientes queriam fazer os saques na nova moeda, mas o Banco Central ainda não havia feito a distribuição das notas. A troca da cédula antiga pela nova só podia ser feita através da rede de bancos.
Para se transformar em cruzeiro novo, o cruzeiro perdeu três zeros. As cédulas de CR$ 1, 2 e 5 e as moedas perderam o valor e foram recolhidas. As notas de 10 mil, 5 mil, 1 mil, 500, 100, 50 e 10 cruzeiros passaram a valer respectivamente 10, 5, 1 cruzeiros novos, e 50, 10, 5 e 1 centavos. As novas cédulas com valores mais altos passaram a circular só um ano depois da mudança.

Em algumas vitrines os preços eram exibidos em cruzeiros novos e antigos "como forma educativa", de acordo com a recomendação do governo. Muitos comerciantes especialmente os de alimentos aproveitaram a ocasião para arredondar os valores das mercadorias para cima e outros reclamavam do curto espaço de tempo para se adaptar ao novo padrão. A mudança gerou desconfiança e piadas. Os vendedores de uma loja de roupas do Centro do Rio anunciaram a maior uma liquidação de todos os tempos, com camisas de CR$ 15 mil a NCR$ 14. O novo era dito em voz baixa.

O cruzeiro novo foi criado durante a ditadura militar, no governo do marechal Castelo Branco, como medida para conter a inflação. O padrão monetário ficou em vigor até maio de 1970, quando o Conselho Monetário Nacional determinou o retorno à designação cruzeiro.

9 de junho de 1966 — Americanos lideram corrida espacial


Os astronautas Thomas Stafford e Eugene Cernan voaram 72 horas e 20 minutos na Gemini 9, num total de 44 órbitas ao redor da Terra, completados com uma aterrissagem perfeita. Segundo Bernard Lovell, diretor do Observatório do Jodrell Bank, na Grã-Bretanha, o sucesso da Gemini 9 e do voo do Surveyor colocaram os Estados Unidos à frente da corrida espacial.

Mais de 50% das metas da missão foram atingidas. Quatro dos oito objetivos foram concretizados e o quinto — o passeio de Cernan pelo espaço durante 2h30 — alcançou êxito parcial. Cernan suou muito, e o seu suor embaçou o visor do capacete, obrigando-o a voltar às cegas para a nave. As várias manobras de engate previstas com o satélite Agena Target Docking Adapter (Atda) não puderam ser realizadas, devido a falhas no equipamento. O acoplamento não ocorreu porque as tampas do ATDA, descrito pelos astronautas como um "jacaré faminto" não se abriram como deveriam.

Só o encontro e o voo em formação da nave com o satélite obtiveram êxito completo. Cernan bateu o recorde de permanência fora da cápsula — 1hora e 54 minutos. Entre as metas não atingidas estavam um voo em órbita mais externa à do satélite, alvo de uma série de experiências científicas que Cernan realizaria.

No retorno, o pouso no Atlântico, a 6 quilômetros da unidade de resgata, o porta-aviões Wasp, foi o mais perfeito dos 13 efetuados até então por astronautas americanos.

A Gemini 9 foi lançada em 3 de junho. Os pilotos Elliott See e Charles Bassett, da tripulação original, morreram em um acidente de avião pouco antes da nave ser lançada. Thomas Stafford e Eugene Cernan substituíram os astronautas mortos e a nave recebeu o nome de Gemini 9-A. Os objetivos principais eram testar três técnicas de encontro espacial, uma caminhada espacial para testar a Astronaut Maneuvering Unit (AMU) e a precisão no pouso no mar. Havia ainda diversas experiências científicas a serem realizadas.

1967 - Funai é criada para substituir SPI


A Fundação Nacional do Índio (Funai) substituiu o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), criado em 1910. A mudança ocorreu em meio a graves conflitos. Grupos indígenas declaravam guerra entre si, e muitos morriam em combate. Tropas do governo se deslocavam para o interior de Rondônia para reprimir índios que supostamente teriam atacado um povoado no interior daquele Estado.

O SPI apurava denúncias de que o dono do seringal de Itabira teria aprisionado uma índia de 12 anos, para a menina servir de divertimento para os seringueiros. A crueldade irritou os índios, que teriam invadido o seringal.

A Funai absorveu as funções e o patrimônio do SPI, do Parque Nacional do Xingu e do Conselho de Proteção ao Índio. A Fundação é responsável pela educação básica dos índios, pela demarcação e proteção das terras por eles tradicionalmente ocupadas e de fazer o levantamento dos povos existentes no Brasil. Dos cerca de 4 milhões de índios que habitavam o país na época da chegada de Cabral restaram apenas 200 mil. Entre estes estão os Aimoré, também chamados de Botocudo, Avá-Canoeiro, Bororó, Caeté, Caiapó, Carijó, Goitacá e Ianomâmi.

Ação Libertadora Nacional (ALN)


A Ação Libertadora Nacional (ALN) foi uma organização revolucionária brasileira com traços comunistas que se lançou contra o regime miliar em fins da década de 60. Seu principal líder Carlos Marighela fundou a organização em 1967 após romper com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), pois, este se opunha à luta armada. Marighela resolve resistir junto à massa popular, para, de armas em punho, enfrentarem a ditadura em vez de ficar à espera dos preceitos do jogo político convencional que imperava no País. O grupo surgiu porque seus integrantes entenderam que só uma ação armada poria fim ao regime vigente, desta forma, entusiasmados pelo aparecimento de guerrilhas em vários países da America Latina e com o significativo livro publicado pelo escritor Frances Régis Debray, chamado Revolução na Revolução, o qual defendia o conceito de que:
“nas condições do mundo contemporâneo o papel dos partidos e das camadas sociais na construção de um movimento socialista revolucionário deveria ser examinado. Em razão disso esse movimento só poderia ter probabilidade de êxito a partir de um grupo armado que se estabelece-se em um ponto do País”

No mesmo ano de sua formação a ALN inicia ações para sua composição, através de assaltos a bancos, a carros pagadores, etc, inclusive um assalto espetacular a um trem pagador da Santos-jundiaí. Atos como esses eram diariamente realizados com a finalidade de adquirir fundos para a militância.

Governo de Jânio Quadros


Jânio da Silva Quadros sucedeu ao Presidente Juscelino Kubitschek. Foi eleito em outubro de 1960 com uma expressiva vitória. Mas seu governo durou poucos meses, provocando uma crise política, que culminaria mais tarde no Golpe Militar.
Nesta eleição, em 1960, os principais nomes para a disputa foram: Marechal Teixeira Lott pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), tendo como vice João Goulart; Ademar de Barros, político forte em São Paulo e um candidato populista inovador, Jânio Quadros.

Jânio obteve o apoio da UDN (União Democrática Nacional) e alcançou êxito com um discurso de moralização. Ao final do governo de JK, o país enfrentava sérios problemas advindos da chamada política desenvolvimentista. A inflação atingia 25% ao ano e a dívida externa era exorbitante.

Com o slogan “varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira”, Jânio empolgou a população, prometendo acabar com a corrupção, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação. Para ganhar ainda mais simpatia dos eleitores, o candidato costumava andar com roupas amassadas e carregar sanduíche de mortadela nos bolsos.

Jânio Quadros venceu com mais de 6 milhões de votos. Entretanto, o vice-presidente eleito foi João Goulart. A Constituição de 1946 previa a votação para Presidente e vice, separadamente. Vale lembrar, que os dois candidatos representavam partidos e idéias diferentes.

Jânio foi o primeiro Presidente da República a tomar posse na nova capital do país, Brasília, e de lá governaria o país. Era a primeira vez, também, que um candidato apoiado pela UDN alcançava o cargo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Tropicalismo



Origem do tropicalismo
Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960.
O tropicalismo foi um movimento musical, que também atingiu outras esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia), surgido no Brasil no final da década de 1960. O marco inicial foi o Festival de Música Popular realizado em 1967 pela TV Record.

Influências e inovações

O tropicalismo teve uma grande influência da cultura pop brasileira e internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo,o concretismo. O tropicalismo, também conhecido como Tropicália, foi inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por exemplo, a pop art.

O tropicalismo inovou também em possibilitar um sincretismo entre vários estilos musicais como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros.

As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.

Críticas recebidas

O movimento tropicalista não possui como objetivo principal utilizar a música como “arma” de combate político à ditadura militar que vigorava no Brasil. Por este motivo, foi muito criticado por aqueles que defendiam as músicas de protesto. Os tropicalistas acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma revolucionária.

Uma outra crítica que os tropicalistas receberam foi o uso de guitarras elétricas em suas músicas. Muitos músicos tradicionais e nacionalistas, acreditavam que esta era uma forte influência da cultura pop-rock americana e que prejudicava a música brasileira, denotando uma influência estrangeira não positiva.

Os principais representantes do tropicalismo foram:

- Caetano Veloso
- Gilberto Gil
- Os Mutantes
- Torquato Neto
- Tom Zé
- Jorge Bem
- Gal Gosta
- Maria Bethânia

Para ser um Hippie...


Para ser um hippie você deve acreditar na paz como a maneira resolver diferenças entre povos, ideologias e religiões. A maneira à paz é com o amor e a tolerância. Amar significa a aceitação de outra enquanto é, dar-lhe a liberdade para expressar-se e não os julgar baseados em aparências. Este é o núcleo da filosofia do hippie.
Assim ser um hippie não é uma matéria do vestido, do comportamento, do status econômico...É uma aproximação filosófica à vida que emfatiza a liberdade, a paz, o amor e um respeito para outro e à terra. A maneira do hippie nunca morreu. . Eu acredito que há um pouco hippie em todos nós.
Começaram a surgir jovens rebeldes delinqüentes, e desajustados, mas tinham um grande potencial criativo, e seus próprios ideais, o rock psicodélico, e as drogas, e as contradições dos antigos valores dados pela sociedade, marcaram esse período " magico".

Construção do Muro de Berlim.


Depois desta conferência, anunciou-se que os membros do Pacto de Varsóvia intentassem inibir os actos de perturbação na fronteira de Berlim Ocidental, e que propusessem implementar um guarda e controle efectivo. Dia 11 de Agosto, a Volkskammer confirmou os resultados desta conferência, autorizando o conselho dos ministros a tomar as medidas necessárias. O conselho dos ministros decidiu dia 12 de Agosto usar as forças armadas para ocupar a fronteira e instalar gradeamentos fronteiriços.

Na madrugada do dia 13 de Agosto de 1961, as forças armadas bloquearam as conexões de trânsito a Berlim Ocidental. Eram apoiadas por forças soviéticas, preparadas à luta, nos pontos fronteiriços para os sectores ocidentais. Todas as conexões de trânsito ficaram interrompidas no processo (mas, poucos meses depois, linhas metropolitanas passavam pelos túneis orientais, mas não servindo mais as estações fantasma situadas no oriente).

Chico Buarque


Francisco Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), mais conhecido como Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro.
Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira. Em 1969, com a crescente repressão da ditadura militar no Brasil, se auto-exilou na Itália, tornando-se, ao retornar, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil

Televisão 60


Com a evolução técnica das emissoras, o videotape chega finalmente às emissoras brasileiras em 1960, trazido pelo humorista Chico Anysio, permitindo que os erros ao vivo fossem previamente corrigidos, que um programa pudesse ser gravado num horário diferente do horário de sua exibição, e ainda que o mesmo programa pudesse ser reprisado diversas vezes.
O videotape (VT) permitiu a inauguração no país de mais 27 novas emissoras, com 80% da programação exibindo em VT as produções realizadas no eixo Rio-São Paulo.
As primeiras transmissões de televisão via satélite no Brasil ocorreram em 1965. Nesse mesmo ano, em 26 de abril, entrava no ar a TV Globo do Rio de Janeiro, que mais tarde formaria a Rede Globo. Em 1967, a TV Bandeirantes de São Paulo começava as suas transmissões.

A MISSÃO DA Apollo 11


A primeira viagem tripulada à Lua teve seu início no Complexo de Lançamento 39, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida com o lançamento da Apollo 11 às 9:32hs da manhã.(EDT) do dia 16 de Julho de 1969.
A espaçonave da Apollo alcançou a órbita terreste após 11 minutos do seu lançamento. Após uma orbita e meia os astronautas começaram a sua viagem à Lua. Esta foto da Terra foi tomada à 98.000 milhas, durante a injeção translunar da Apollo 11 no dia 16 de Julho. São visíveis a maioria da África e partes da Europa e Ásia.
No dia 20 de Julho de 1969, após quatro dias de viagem, os astronautas da Apollo chegam à Lua.
Milhões de espectadores da Terra observavam as imagens pela TV tomadas pelos lunares brancos e pretos da câmera de superfície. Aqui, Armstrong está em pé no centro, e Aldrin está saudando o Presidente Nixon, que tinha somente falado com os dois astronautas por rádio.
A fase final do desafio de Kennedy foi completado às 12:50 hs, do dia 24 de Julho de 1969, quando o Columbia fez seu pouso à 812 milhas náuticas do sudoeste do Hawai, trazendo os seus 3 astronautas a salvo à Terra. Aqui eles são mostrados ao lado de um bote da Marinha. Observe que os quatro homes estão usando trajes de isolação biológica, esperando a chegada do helicóptero para o transporte do Columbia, e dos astronautas. Um dia antes ao pouso, Aldrin disse: "Nós sentimos que hoje somos um símbolo para toda humanidade da curiosidade para exploração do desconhecido".

Hoje na História: Realizado o primeiro transplante de coração


Em 3 de dezembro de 1967, um domingo, um cirurgião e professor sul-africano conseguiu realizar o primeiro transplante de coração entre seres humanos. Embora o paciente tenha sobrevivido por apenas 18 dias e morrido em decorrência da rejeição do órgão transplantado, a operação mudou a medicina por dar grandes esperanças a pacientes com doenças cardíacas graves.

“No sábado, eu era cirurgião de uma pequena cidade da África do Sul. Na segunda, já era mundialmente conhecido”, contou o médico Christiaan Barnard, que chefiou a cirurgia, anos depois. De um dia para outro, o reconhecimento mundial chegou para o homem que havia mudado para sempre a cirurgia cardíaca. O curioso é que Barnard utilizou as técnicas pioneiras sem o conhecimento do hospital onde trabalhava.


O coração de uma pessoa morta palpitou, pela primeira vez, no peito de outro humano às 5h25 de 3 de dezembro de 1967, na África do Sul. O primeiro transplante de coração bem sucedido ocorreu no hospital Grote-Schuur, na Cidade do Cabo. Barnard, então com 44 anos de idade, era o chefe da equipe de cirurgia.

“Nós, na África do Sul, tivemos que decidir o que fazer. Todos os dias, víamos pacientes que não podiam ser ajudados. A única possibilidade era o transplante”, disse o cardiologista, que morreu em setembro de 2001, aos 78 anos de idade.

O paciente Louis Waskansky, de 53 anos, foi o primeiro homem a receber o coração de um estranho. O órgão transplantado por Barnard e equipe, numa operação que durou 5 horas, era de uma jovem de 25 anos que morrera num acidente. Mas Waskansky faleceu dias depois da cirurgia histórica, em consequência de uma infecção pulmonar. A luta dos médicos para combater a rejeição do organismo prejudicou muito o sistema imunológico do paciente.

Os Satélites Artificiais (não tripulados)


Em 18 de agosto de 1960 o satélite Discoverer 14 subiu equipado com a primeira câmara fotográfica Corona. Apenas em 11 de dezembro de 1961 os soviéticos tentaram lançar, sem sucesso, o satélite espião Zenit 1. No dia seguinte, 12 de dezembro, os americanos lançaram o Discoverer 36, que já fazia parte do projeto KH-3.

Em 1 de abril de 1960 os norte-americanos lançaram seu primeiro satélite meteorológico bem sucedido, o Tiros 1, e em 10 de julho de 1962 lançaram o primeiro satélite de comunicações, o Telstar 1.

Além de outras sondas com destino à Lua (como as americanas Ranger, Surveyor e Lunar Orbiter), também os planetas Vênus e Marte passaram a ser alvo da corrida espacial. As naves soviéticas das séries Mars (a partir de outubro de 1960) e Venera (a partir de fevereiro de 1961) e algumas norte-americanas Pioneer (a partir de março de 1960) e Mariner (a partir de julho de 1962) desempenharam importantíssimo papel na descoberta das características dos planetas nossos vizinhos e seu espaço circundante, bem como do Sol.

Em 15 de setembro de 1968 os soviéticos lançaram a nave Zond 5 (na realidade, uma cápsula Soyuz automática), o primeiro artefato humano a orbitar a Lua e retornar à Terra.

Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra


Veja os detalhes da Copa do Mundo de futebol de 1966. O mundial de futebol de 1966 foi realizado na Inglaterra.
A Copa da Inglaterra foi marcada pelos erros de arbitragem que favoreceram o título para os anfitriões. O destaque positivo foi o moçambicano naturalizado português, Eusébio. O "Pantera Negra" foi o artilheiro e levou Portugal ao terceiro lugar, enquanto o Brasil não passou da primeira fase.

Não é de hoje que a arbitragem favorece os interesses das grandes seleções. Os inventores do futebol devem a arbitragem o seu único título. Em 1966, jogando para a sua torcida, os ingleses foram beneficiados nas quartas-de-final na expulsão incorreta do argentino Rattin e com um gol ilegal na final contra os alemães. A vitória inglesa teve um sabor a mais, pois 25 anos antes, os alemães bombardeavam a ilha com as bombas V-1 e V-2.

Em 1966 o despreparo da seleção brasileira foi o grande responsável pela eliminação precoce. A inédita eliminação da equipe campeã logo na primeira fase foi inevitável. Este 'feito' só foi repetido em 2002 pelos franceses.

Na copa que Pelé foi caçado em campo pelos adversários, a torcida também incentivou a violência. Surpreendentemente eliminados pelos norte-coreanos em 66, a equipe italiana foi recebida com uma chuva de tomates no aeroporto. A Coreia do Sul, pelas oitavas-de-final de 2002, relembrou os italianos da zebra de 66 e também os eliminou num jogo de arbitragem duvidosa.

1968 - Olimpíadas de México



No México, as Olimpíadas conhecem dois tipos de doping

As Olimpíadas de 1968, na Cidade do México, apresentaram o mundo a dois tipos de doping. O primeiro, natural, resultado da altitude: disputados a 2.240 metros do nível do mar, com resistência do ar menor e 30% de oxigênio a menos, os Jogos tiveram 68 recordes mundiais e 301 recordes olímpicos quebrados.

O segundo, artificial. A Cidade do México viu, pela primeira vez, o controle antidoping em Olimpíadas. Somente um atleta foi eliminado por testar positivo a substâncias proibidas - o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, por excesso de álcool.

Além disso, testes de comprovação de sexo para as provas femininas foram adotados, pelas suspeitas sobre as características físicas de algumas campeãs dos países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas muitas atletas importantes não se inscreveram para os Jogos.

O evento teve alto grau de envolvimento político, já que o ano de 1968 foi um dos mais politizados da história. No país sede, pouco antes da abertura, 300 mil estudantes e professores entram em greve e, dez dias antes da festa de abertura, tropas do governo abrem fogo contra milhares de manifestantes na Praça das Três Culturas, matando centenas de jovens.

No resto do mundo, a China vive o início da Revolução Cultural. Na Tchecoslováquia, os sonhos de liberdade são esmagados por tanques soviéticos na "Primavera de Praga". Na França, o governo enfrenta manifestos estudantis e, nos Estados Unidos, são assassinados Robert Kennedy e o líder negro Martin Luther King.

Copa do Mundo FIFA de 1962


A Copa do Mundo FIFA de 1962 foi a sétima edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol, que ocorreu de 30 de maio até 17 de junho. O evento foi sediado no Chile, tendo partidas realizadas nas cidades de Arica, Rancagua, Viña del Mar e Santiago. Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo 10 delas europeias (União Soviética, Iugoslávia, Alemanha Ocidental, Itália, Suíça, Tchecoslováquia, Espanha, Hungria, Inglaterra e Bulgária) e 6 americanas (Chile, Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia e México).
A grande campeã desta copa foi a Seleção Brasileira de Futebol que, como campeã da Copa anterior de 1958, não havia participado das eliminatórias pois já tinha vaga garantida. A seleção contou com muitos jogadores da Copa da Suécia, como Gilmar, Djalma Santos, Nílton Santos, Didi, Zagallo, Vavá, Pepe, Zito, Garrincha e Pelé. Na primeira partida do Brasil, o jogador Pelé, que neste ano viria a ser campeão mundial pelo Santos FC, marcou seu primeiro gol, mas se contundiu, não podendo continuar no campeonato; a partir deste ocorrido, muitos dizem que esta foi a "Copa de Garrincha", considerados por alguns como o melhor jogador da Copa e um dos principais responsáveis pela conquista brasileira.

Os Melhores Anos da Nossa Vida


Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas numa só. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos. É ilustrativo que os Beatles, banda que existiu durante toda a década de 60, tenha trocado as doces melodias de seus primeiros discos pela excentricidade psicodélica, incluindo orquestras, letras surreais e guitarras distorcidas.